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Consumer Reports encontra vulnerabilidades de segurança perigosas em doorbells

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O Consumer Reports, organização americana conhecida por realizar testes e investigações em produtos de consumo, divulgou um relatório alarmante sobre a segurança de video doorbells baratos. O documento aponta para “más práticas” de segurança e uma grande concentração de produção nas mãos de uma única empresa chinesa.

O relatório se concentrou em modelos de baixo custo vendidos em grandes marketplaces online como Amazon, Walmart, Temu e outros. O Consumer Reports investigou marcas como Eken e Tuck, mas descobriu que se tratava, na verdade, do mesmo produto vendido sob nomes diferentes.

Ao todo, a organização encontrou pelo menos 10 video doorbells idênticos, todos fabricados pela Shenzhen Eken Group, na China. Além disso, todos esses dispositivos usam o mesmo aplicativo para controle remoto, o Aiwit, também desenvolvido pela Eken.

O principal problema está na segurança. O Consumer Reports identificou vulnerabilidades graves, como:

  • Exposição da rede Wi-Fi e do IP do usuário: O nome da rede Wi-Fi (SSID) e o endereço IP da residência do usuário ficavam expostos na internet sem criptografia.
  • Acesso indevido por invasores: Qualquer pessoa mal-intencionada que baixasse o aplicativo Aiwit e entrasse no modo de pareamento poderia potencialmente assumir o controle do dispositivo.
  • Acesso remoto não autenticado: Era possível acessar remotamente imagens e vídeos da residência sem qualquer tipo de autenticação.

Além disso, as câmeras inseguras não possuem sequer o código de registro exigido pela FCC (Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos) para este tipo de produto.

Apesar de serem considerados de segunda linha no mercado, o relatório destaca que as câmeras da Eken têm “vendas relativamente fortes” online. O Consumer Reports afirma que apenas na Amazon, anúncios do produto geraram mais de 4.200 vendas em janeiro de 2024.

Para Justin Brookman, diretor de políticas tecnológicas do Consumer Reports, tanto os fabricantes quanto as plataformas de varejo online compartilham a responsabilidade pelos riscos causados a consumidores. “Grandes marketplaces precisam melhorar o processo de avaliação de vendedores e produtos”, afirma Brookman, reforçando a necessidade de novas regras para responsabilizar varejistas online.

O Consumer Reports contatou o Eken Group para questionar sobre as vulnerabilidades, mas a empresa não respondeu. A organização também entrou em contato com os marketplaces, e enquanto Temu removeu os produtos que utilizam o aplicativo Aiwit de seu site, o Walmart apenas prometeu fazer o mesmo. Amazon, Sears e outras plataformas ainda não se pronunciaram.

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Kayobrussy Guedes

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