Em uma aparente mudança de estratégia, a Microsoft passou a oferecer instruções detalhadas sobre como desativar ou até mesmo desinstalar completamente o aplicativo OneDrive do Windows. Essa iniciativa contrasta com os esforços anteriores da empresa para incentivar a adoção de seu serviço de armazenamento em nuvem, que chegavam a incomodar os usuários com pop-ups persistentes.
Especialistas apontam que novas diretrizes regulatórias, especialmente na União Europeia, podem estar por trás dessa reviravolta. A Lei dos Mercados Digitais (DMA) da Europa impõe novas obrigações às empresas consideradas “gatekeepers digitais”, podendo limitar a forma como elas promovem seus serviços dentro do próprio sistema operacional.
De acordo com o site Neowin, que identificou a novidade, a Microsoft publicou um guia de solução de problemas do OneDrive que aborda especificamente a desativação do serviço. O passo a passo detalha como desligar, desabilitar ou desinstalar completamente o OneDrive.
A gigante do software recomenda, para quem não deseja utilizar o OneDrive, uma alternativa mais simples: o desvinculamento do cliente. Mesmo após desvincular o OneDrive no Windows (ou macOS), os usuários ainda poderão acessar seus arquivos através do site OneDrive.com.
O guia também explica como “ocultar” ou desinstalar o aplicativo, disponível em “algumas versões” do Windows, além de dispositivos Android e iOS. No entanto, o documento apresenta certa inconsistência ao inicialmente sugerir que o OneDrive é “integrado” diretamente ao Windows 10/11 e não pode ser desinstalado, apenas ocultado. Posteriormente, esclarece que a desinstalação completa é segura e não afeta os dados armazenados na nuvem.
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Para desinstalar o OneDrive, basta acessar a página de Configurações do Windows, buscar por “Aplicativos instalados”, localizar o OneDrive e selecionar “Desinstalar”. Essa opção está disponível no Windows 10 e 11, os únicos sistemas operacionais atualmente suportados pela Microsoft. Usuários do Windows 8.1, aparentemente, não poderão remover o OneDrive de seus dispositivos.
A nova postura da Microsoft em relação à integração forçada de serviços pode ser uma resposta à DMA. Vale lembrar que usuários europeus do Windows 11 agora possuem a liberdade de desinstalar diversos aplicativos considerados anteriormente como parte do sistema, incluindo o navegador Edge e a pesquisa Bing, algo impensável até então devido ao nível de integração desses softwares com o Windows.